terça-feira, 28 de outubro de 2008

A pior sensação do mundo – Mieko paranóica

Eu havia achado já que estava na merda, no fundo do poço, que já havia chegado ao final da linha, que a pior sensação do mundo era de um amor perdido, ai, vem a vida e prova que eu estava errada, que como Murphy sempre prova: o que ta ruim, pode ficar bem, bem pior.

Domingo, outubro de 2008.
Bom, eu como todos já sabem, venho tentando me recuperar de um amor que eu tinha para a vida toda, que acabara, mas embora tenha tudo terminado com todos os pontos, que era bem claro, que eu não deveras mais sentir nem um pontinho de sentimento por tal pessoa que passara, ainda sofro de amor, acho ainda que nunca mais encontrarei uma pessoa que me fez tão feliz quanto ele e finalmente, nem que eu não consigo esquecê-lo e sofro muito – até o momento.
Lá estava eu, num domingo feliz. Achando que finalmente minha vida seria melhor daqui pra frente, num resumo de uma pessoa exagerada, vou descrever alguma coisa que traduza o meu 2008: crises de estresses, nada de aumento, fudida até os talos no banco, nada de conseguir um trampo novo, nada de estudar nada, um pé na bunda da vida que me apresentou e tirou um amor da vida assim e, se vai uma merda de ano que não quer terminar, tipo NUNCA.
Cá não vim eu reclamar de 2008, venho só dizer que Murphy olha por mim. Meu final de semana tinha sido quase perfeito, sexta-feira, fui beber com bons amigos, bons mesmo que dei risada e me distraí, só acho ainda que o Léo, bicho, ele sabe demais da minha vida, desisto plenamente de mentir para ele. Sábado? Eu descansei, afinal a sexta-feira havia rendido (que os detalhes sórdidos guardo para o
HTTP://devoradoras.zip.net). Domingo resolvi ligar pra Ju e dar um role por ai.
Domingão, começando. Aeee. Ligamos pra algumas pessoas, porque afinal, duas mulheres lindas, animadas, empregadas e solteiras DEVERIAM ter boas companhias para uma cerveja. Hahaha. Deu tudo errado. A zica começa a se instalar. NINGUÉM foi beber com a gente, mas até ai, bebemos, demos boas risadas, ligamos pra TODOS da agenda de nossos celulares (que por acaso, não existem mais), comemos e nos divertimos. A princípio na Vila Madalena, num barzinho de lá, mas quanta mulher MEODEUS, vamos para outro lugar?
Matriz. Eu? Sinceramente, nunca havia pensado que era um lugar tão trevas como eu vim a descobrir forçadamente num breve futuro depois a essa idéia. Chegamos lá, descobrimos o caminho, bom, tava bem cheio de pessoas fedidas, feias e carentes de dentista.
Só um pulo fora – acho realmente que pessoas podem ser definidas pelos dentes, feito cavalos. Numa sociedade, por exemplo, ela só vira de primeiro mundo, depois que todos têm acesso ao dentista. Enfim...
Tava mó trânsito, um infeliz de fora do carro, passou a mão na minha coxa! Claro, quase dei um soco na cara dele e, ao mesmo tempo, atropelei – de leve – um menininho de bicicleta! Achei ai que a noite já estava findada as zicas... Não, não, não, Murphy ainda não tinha ido dormir ainda. Fomos comer a melhor coxinha de São Paulo e digo, muito boa mesmo, mas nunca mais irei lá comer... Por outros motivos, porque ainda gosto de coxinha.
Resumir o trágico acontecimento, que digo, é pior que já tive, a sensação de impotência de não poder fazer nada a uma situação de alguém levar seu todo esforço e suas coisinhas com sentimentos que cabem a elas, por sei lá. Explica-me o que é ouvir um “você deu sorte de estar viva”, depois de um roubo à mão armada! Agora eu necessariamente por ter carro e algumas coisinhas raladas com muito esforço, preciso passar por isso? Ah se fuder.
Enfim, se eu me transformar em kamikaze não será sem explicação.
Oh céus, oh vida! kkkk

terça-feira, 21 de outubro de 2008

tá uma bosta, mas eu precisava escrever...

Sei lá, eu pensei que isso tudo passaria mais rápido.
E quanto mais tempo passa e mais tempo eu faço passar pensando e fazendo outras coisas, mais tempo eu vejo que vai demora.
Quanto mais eu tento pensar em outras coisas, mais eu penso na coisa que eu quero esquecer.
E quanto mais coisas eu tento procurar para desencanar, mais calho eu a dar voltas num mesmo lugar.
Todos falam você é idiota! Mas fazer o que é? É mais forte que eu, eu juro que tento me distrair...
Pensei em parar de fumar, por 2 minutos e, nos próximos, já voltei. Pensei em parar de pensar também, mais é impossível e sempre volto no mesmo lugar.
Engraçado, será destino? Será que eu fiz tanta merda nessa merda de vida que preciso pagar assim? Sei lá.
Sei lá, bicho, sei lá.
Preciso de um tempo de tudo. Tô confusa, estou pirando... E pirando parece o estado normal da pessoa, certo?

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Deveria ser proibido bebida aos récens-fossas-pós-relacionamentos-traumáticos

Esse finde eu bebi um pouco, não fiz muitas besteiras. Além de dirigir um pouco drunk com essa tal lei seca.
Na verdade? A bebida só me deu muitas saudades de algumas coisas que não deveras voltar jamais.
Descobri que ando chata, que toda aquela minha animação de antes de um relacionamento-traumático-com-cárcere-privado-causado-por-ciúme-descontrolado, eu não voltei ainda a ser a mesma pessoa, sei lá, bem chata. Descobri também que nada daquilo volte mesmo, tenha sido só fase, ai veio outra e agora uma nova, again.
Mudanças fazem com que pessoas assim, pirem um bocado.
Queria poder me desgrudar do que eu tinha antes como felicidade, é isso.

Ahn? Ah, não, não eu estou depressiva, não quero mais isso, mas estou um bocado triste.

A única coisa boa do finde foi o moço com barba, bem bonito no shopping.

Eu estava desnorteada como sempre estou - agora. Quando a gente termina um relacionamento, parece sempre, ainda mais em lugares sociais, que estamos sem calças e de calcinha furada, totalmente descolado, não sabemos mais nos comportar, não sei como vocês, mas comigo, é comum isso.
Na verdade, acabo ficando ali, sem assunto, parada, esperando os outros fazerem alguma coisa. ENTÃO FAÇAM ALGUMA COISA! Porra.
Então, lá estava eu. De repente um moço, um de barba por fazer, os dentes, bem bonitos, sabem? Ficou olhando. Olhando e, eu continueu andando, e ele olhando, ai não deu, voltei:
- Conheço você de algum lugar, não?
- Sim, me conhece.
- Ih, mas eu não sei da onde... Da onde? Seu rosto não me é estranho (é poderia ser que eu o conhece dos meus futuros menininhos bonitinhos e bons para beijar risos).
Ele sorriu.
- Lembra da professora Giorgina?
Eu lembro mais ou menos, era minha professora da 3ª série primária...
- Uhn... lembro!
- Então você estudou comigo na escola, talvez na 3ª, 5ª e 6ª série... Você já é formada?
- Sim, já, há uns 3 aninhos...
- Eu tô no 1º de Bio-medicina, estou atrasado... E você, veio fazer compras?
- Na verdade, encontrar uma amiga, vamos sair... Preciso ir...
- Então tchau, bom te ver.
- Tchau.
Um beijo no rosto e uma sensação engraçada, pensando porque acontece umas situações assim.
Ele roubou assim minha concentração em ficar triste por alguns momentos.
E foi isso.