domingo, 29 de março de 2009

Como (desistir de) abrir sua própria barraquinha de coco em Santa Catarina

Vou começar já explicando que isso não é uma reclamação de forma alguma. Amo, amo mesmo o que eu faço atualmente e estou muito satisfeita apesar de ser difícil algumas vezes.
Eu nem posso reclamar, mas ai, resolvi começar uma pesquisa sobre como montar um negócio que é o sonho de qualquer paulistanos que trabalha enfurnado dentro de escritórios que ou escolheu a profissão que mais dava grana ou aquela que o papai mandou.
No fim dá tudo parecido, administração, contabilidade e eu, no caso, FATEC, Automação (te mando um e-mail caso queira saber mais a fundo o que é o meu curso ;-)).

Eu essa semana, depois de uma longaaa semana com zica tecnológica tentando instalar software, interagir com um programa que nem tava nem ai pra mim, desabafei com um amigo: vou embora, vou abrir uma barraquinha de coco em algum lugar...
Ele disse que vai comigo, tomara! Kkk

Depois do desabafo, veio a hora de transformar a idéia em algo viável para solucionar nossas vidas para sempre, sem problemas com softwares, com deadlines apertados ou gráficos de dados infindáveis, ia ser tudo!!! Ai, fui pesquisar na internet ¬¬ como poderia começar o projeto.

Primeiro eu descobri que abrir um coco com o facão é muito foda!!! Difícil mesmo, eu consegui abrir um com muitas 3h00 horas de dedicação, eu, uma faca bem grande, o saca rola, o martelo de carne e até tentei a lima que amola facas... Depois até consegui abrir,mas a água tava em só 30% do seu total, entendi o desespero do Naufrago no filme: FO-DA!

Ai conclui que eu prefiro ver o estoque, a produção e a administração do negócio, essa parte ou fica para o amigo que topou o empreendimento ou um terceiro. Ah, ai me deram a idéia que hoje existe aquelas maquininhas para abrir coco, eu achei no google, entrei no site da empresa e logo na home em destaque tinha uma mensagem:

SÓ EQUIPAMENTOS EXCLUSIVOS.
SOLUÇÕES PARA PROBLEMAS QUE VOCÊ NEM IMAGINA QUE EXISTEM.
Nessa hora desisti da barraca de coco, acho que vou ver outro negócio, pois isso de problemas que nem imagino que existem, deve ser power, abrir o coco, achei eu que ia ser o pior: eu ein!!!

quarta-feira, 11 de março de 2009

Extravasa

Inexplicável.
É realmente extrapolado.
Pásmico.
Sou eu? É você?

Acho que é o conjunto.
As palavras não são achadas, mas só a forma de respirar diferente já flui como se fosse sempre assim...
Entender?

Por que? Pra que você quer entender? Não há explicação.
Sinta e só.
Pára um pouco de pensar, às vezes seria tudo mais fácil.

Se eu não tenho freios? Tenho, impossível, talvez você nunca ache, mas muitos acham que nem andar eu ando...
Por que eu corro? Atropelo-te e não deixo nem você se quer piscar? Não sei, acho que é sua percepção, impressão... Daqui as coisas andam devagar, do lado que eu estou, vem daqui olhar.
Radical? Eu? Não... só sei o que eu quero determinadamente, não importa o que me impulsiona.
Medo? Para que pensar tanto? Onde você quer chegar? Pare de achar, só se concentra nos meus olhos e sinta-se... O que você quer? Assim de olhos fechados, tocando-me?
Passou por uns instantes.Volta a exitar.

Se excita! Não, não, não...
Medo é da sua cabeça, viu? As coisas acontecem por acontecer... Eu domino? Não, só não me privo.
Você...
O que você vai fazer com toda essa vontade? segurar-se? Vai explodir...
Explica-me os seus medos, então? Quem sabe eu consiga te ajudar...
Preciso parar de te olhar? Quer que eu fique de costas? Que eu pare de me mexer dessa forma? É meu jeito naturalmente.
Que eu sou legal? Sou, só porque você quis-me legal até agora.
Atitude demais? Entregar-se é quase render-se? O que eu espero? Por que para mim é tão simples?
Quando você deixar de pensar, vai saber. Fecha os olhos e deixa que o silêncio cuida da gente.
...
Viu? Não doeu... Onde eu vou? Continuar vivendo. Tchau.
Se foi bom? Foi, mas falta a paciência.
Quando tiver decidido, me procura... Nunca? Depende de mim? A minha essência é essa. Tchau.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Tudo que sobe, desce.

Como há pessoas com uma capacidade de raciocínio tão reduzido? Eu me impressiono. Antes de se expressar deveriam treinar a empatia não partidária, colocar-se no lugar das outras pessoas e ver qual a reação, assim brecaria um tanto de explosões evitáveis, que depois reclamam. Mas eu sei, que o ego esculpe o ser, ai dá nisso.
E tem outra,como exigir que as pessoas pensem, né?

Eu acho que a praticidade deveria valer bem mais que os sentimentos nesse tal modelo social de pessoas boazinhas, lindas e inteligentes, fora o ser cool... O prático já torna as coisas mais fáceis, obviamente. Para mim é tão óbvio que se você provocar, terá retribuição boa, ruim ou péssima – o que merecer, ou o que foi suportável. Então porque mover a ação, senão agüenta a reação?

E ai penso eu, que ando com um humor insuportável, intragável. Você iria cutucar-me? Na verdade, nem ando, eu sou sempre: pior ainda. Eu me deixaria quieta, porque se tem uma coisa que sou boa, é achar palavras para grudarem no céu da boca, que não saem.

Mas ai, as pessoas estão tão dentro de si mesmas e acham no direito de julgar, de se intrometer e querer te mudar... Engraçado será que não passa pela cabeça delas que talvez o problema esteja dentro delas? Ou, caso a pessoa se reserve é porque ela tenha algum motivo especial que não quer revelar?
A certeza só é que todo o dom de simpatia dado ao meu ser já foi totalmente esgotado em outros momentos da vida, junto ainda com a paciência, a tolerância, o eufemismo... Que foram transformados em hipérboles, frieza, praticidade, o cálculo. O que não ajuda no ego alheio nem na sociabilidade. E não esperem que eu entenda nada, porque eu não quero entender nada, já aviso de antimão.
Mas insistem...
E sabe o que conseguem?
Que às vezes eu deseje abrir a cabeça das pessoas, arrancar o cérebro com os dedos e esfregar no asfalto quente, para ver se pelo menos colore e fede como deveria de forma eficiente... Se eu tivesse culhão, ainda arrancaria o conteúdo com os dentes, para ver se é tão amargo como parece, depois cuspiria.
Gosto do ego. Gosto de burrice.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Bota-me onde nunca estive

Eu sempre fui meio apaixonadinha por você.
Mas passou.
Esqueci.
Ai o reencontro.
Quando te vi de longe, achei mesmo que nem era tão bonito, nem tão encantador. Tentei não pensar.
Não consegui.
Enganei-me.
E você insistiu.
Vi que não são esses olhos verdes que me atraem. Nem o físico tão definido que só é mostrado de leve pela frestinha. Talvez nem mesmo aquele jeito seu de me segurar pela cintura...
Era mesmo as suas palavras. Nem sussuradas, nem cantadas. Ditas nesse tom ai, só seu.
E em um intervalinho de sorrisos trocados em meio a algumas palavras, retornou-me aquilo que me gela por dentro e faz eu simplesmente sorrir por ai:

"Com uma vontade danada de mandar flores ao delegado
De bater na porta do vizinho e desejar bom dia
De beijar o português da padaria"

E ai só me lembro do tamanho do medo que eu tenho de você, que nem nos seus olhos consigo olhar...
Que só de pensar, já tenho pudor.

E ai, sorrio e a gente promete que amanhã a gente vê no que dá.
Eu tímida. Você, essa incógnita.

Logo eu, uma devoradora, que abaixa a cabeça e se tenta.

É.

http://devoradoras.zip.net