sexta-feira, 31 de julho de 2009

eu não sei onde vou parar...
são tantas dúvidas.
será que vou pelo caminho certo? e se eu voltar?
só sei que não aprendi a andar, só corro.
de repente, eu fico sem fôlego e ai, o peito dói, não sobrou nada!
foi tudo como areia quente, escorrendo entre os dedos, pela alma - se é que tenho direito a uma.
por que não poderia ser só um pouco mais fácil? para que todo esse meu humor fosse mais real, fingir às vezes dá caimbra.
talvez se eu tivesse menos celulite?
talvez se eu tivesse cabelos mais longos?
quem sabe se eu fosse mais leve? mas eu sei que eu peso...
impregnada com esse fedor de competitividade, competência, entupida de qualidades inúteis...
onde eu iria usar tanta informação para soprar bolhas de sabão? brincar de bola? ou sorrir com o velhinho rabugento brigando na padaria? pra nada.
se eu ficasse lá no mar perdida como o naúfrago, que eu faria com tantos saramagos e kafkas que li? só para enforcar o grito de socorro ou afogar toda a melancolia?
mas ai, eu olho bem ao meu umbigo e, a felicidade não stá ali saltitante...
o que é a pedra do sapato, eu não sei bem, só sei que não quero mais ela.
agora, pelo menos, teria alguém para pensar no sorriso e, que sorriso.
outra freitag.

sábado, 11 de julho de 2009

Tudo mudou depois de ontem

Hoje acordei relativamente cedo e antes e colocar o pé esquerdo no tapete, olhei para ver se a satanás não tinha cagado ali, então, acordei sem nenhuma merda acontecer. E o diferente da história é que ela também não tinha cagado, não no meu tapete, como de praxe.

Ontem eu perdi a minha paixãozinha de criança, a minha fissura platônica e hoje eu acordei melhor. Essa história é boa de se contar, ainda mais agora.

Eu o conheço desde os meus 11 anos de idade, a gente era criança, de repente não éramos mais e ai, apaixonamo-nos um pelo outro, coisa de criança, gostosa. Alguma resistência para deixar o ideal e virar real todo aquele amor e foi o mais gostoso, até ontem.

Lembro-me bem que mal conseguia respirar quando falava comigo de tanta era a euforia e, tudo acabou sem um beijo. Como posso saber que acabou? As borboletas para ele foram embora, ele não está mais na minha vida e, ontem ele voltou para me testar, foi só uma ligaçãozinha (de mentira) para a minha mãe. E ai, tive a certeza que todas as borboletas tinham ido embora, pois agora era de outra pessoa.

Ai, remete que grandes acontecimentos são sempre marcados, talvez seja a chuva que nos acompanhe, pois sempre chove... E eu fiquei pensando, que a solução de ontem não serve para amanhã. Ontem tive o dia mais gostoso, que faltava-me há tempos, serviu para fazer um balanço e descobri que os exagerados tão me castigando.

Um passado com relacionamento ruim, fez eu transformar-me em uma workaholic louca sem freios e, hoje é um dos exagerados que me perturbam, o que era solução para esquecer que eu era pessoa, domou as minhas vontadezinhas gostosas... Triste.

Mas ai apareceu ele e, ele fez eu sorrir por nada, fez eu cantar por ai, dançar na cadeira e esquecer um pouco da pressa, ontem ele fez eu me distrair da minha seriedade, da minha implicância, do meu perfeccionismo...

E mais blábláblá! Por que a amiga de 15 anos me disse, talvez, como ela, ele demore uns 15 anos para se acostumar com a minha insanidade, mas eu acho que ele já está encantado como eu.

Pode gravar, Li. Eu estou apaixonada.