domingo, 20 de junho de 2010

um estalo

Eu acho que agora é uma boa hora de eu voltar a escrever... Nunca senti esse exato sentimento que estou sentindo, não é medo, não é tristeza mais, não é desespero. É só uma grande ansiedade que eu não sei onde guardar, o que fazer exatamente com ela, não consigo bem respirar.

De uma hora para outra, a paixão tomou num piscar, em uma fração de segundos o lugar do amor. Estou completamente ansiosa, mais do que eu achei que poderia já estar. Eu acabo de sair de um emprego, acredito que seja mais por valores políticos e culturais do que qualquer outra coisa e, a gente percebe o quanto ainda é imaturo e de uma hora para outra, somos exigidos num ponto crucial ao ser humano, fundamental, mas totalmente complexo: maturidade. Não tenho certeza se já conheci alguma pessoa madura nesse mundo.

Só sei que precisaremos ser muito maduros agora.

As brigas eram constantes já, agora precisam sem falta rarear. Nossa paixão era realmente fervorosa e, agora quem toma o seu lugar é o companheirismo é a cumplicidade. Os sorrisos eram reais, mas não tão vicerais, agora são de ansiedade. As dúvidas não podem mais existir como antes. Traição? O que fazia? Ser feliz? Dá lugar a certeza de que teremos que nos adaptar, ainda com a certeza que muita coisa não é eterno, mas há coisas que são e são nossas responsabilidades...

E assim vai.

Eu lembro cada detalhe de como aconteceu. A culpa? Há vários culpados: a distração, a inoscência, talvez até a nossa ignorância e o amor, amor completamente vivido.