terça-feira, 30 de dezembro de 2008

8 ou 80

Sabem aqueles jargões básicos sobre isso de exagero? Então eu sou todos eles.
Ou o cabelo tá preto e sério, ou tá vermelho fogo, chamativo e louco.
Ou fica comigo para sempre, ou nunca mais apareça.
Ou te quero muito perto sufocantemente, ou nem sua sombra quero ver o rastro.
Ou te amo em dois segundos, ou te odeio em 1.
Ou é café amargo, ou é bem doce, melado.
Ou é uma calcinha cafona de bolinhas e florezinhas, ou uma bem fio dental, de renda, preta.
Ou eu me jogo, pulo e te agarro, ou sou tímida, encolhida, espremida...
Ou eu sorrio demais, ou planejo milimetricamente.
Ou é tudo fervorosamente devorado, ou bem devagar, degustado.
Ou o bifé é mal passado, sangrando, ou é sola de sapato, esturricado.
Ou é extravagantemente arrumada, ou é um tropeço no guarda-roupas.
Ou é menina, ou mulher.
Pensando bem... Quem se é uma coisa ou outra, né? Somos momentos...



sabe quando o cheiro de alguém vem e inunda as suas narinas, seus pensamentos e assim por diante? você fecha os olhos e pode imaginar exatamente... Abre, e fica pensando naqueles velhos lugares, os mesmos de sempre mas que presenciaram outras situações, boas: saudades.
tô com uma saudade danada. Saudade de mim, há um tempo, saudade de quando eu ainda era feliz por nada, de quando nunca tinha me apaixonado de verdade e nem sofrido de amor.
experimentar pessoas, umas você engole, outras você degusta, mas não gosta mais, enjoa, tem medo de empapuçar, feito quando se tomar cerveja sozinha.
já bebeu cerveja sozinha? tequila? capirinha? num bar, sentada? os garçons sempre esperam que vá sentar alguém ali na cadeira em que deixei a bolsa, mas não vai. ai você fuma um cigarro e toma um gole, e intercala até embaralhar as coisas. levanta e vai embora. sintomas de saudades isso. quem vai beber sozinha? sou alcólatra, será?
maybe.na verdade, falei tanto já, que não quero mais falar. talvez já tenha falado demais - na vida.