quarta-feira, 20 de maio de 2009

O blefe

Bom, hoje eu acordei com aquela vontade dananda de escrever.

Ne verdade, desabafar. Realmente eu nunca vou mudar, vou ser sempre essa pessoa sofrendo por alguma coisa e fingindo ser essa máxima em felicidade e perfeccionismo, entre trabalho e uma vida social bem ativa.

Eu lembrei hoje de um livro que eu li em 1998, sabe qual a idade que eu tinha então? (Precisei usar a calculadora) Eu tinha 14 anos. O Dia do Coringa era o livro. Muito bom, pelo menos, eu gostei.

Nele fala sobre o baraho, como é fascinante. Sabem que o baralho tem exatamente a mesma quantidade de cartas de semanas que tem num ano? Falam que o Rei representa o Diabo, Rainha, Maria e o Valete, Jesus. Enfim fora essas, os naípes, dois vermelhos, que representam as estações quentes do ano e, os escuros, as estações frias: Outono e Inverno. 13 cartas para 13 ciclos lunares. E o coringa? Bom, e o ano bissexto? É isso mais ou menos... Bom, minha fascinação pelo baralho, esse tal instrumento de jogos de 'azar', é tanta que tatuei em minha pele os naípes.

Na verdade também, porque sempre encarei a vida como um jogo... E mais ainda, acho que a beleza de jogar está na sagacidade de ganhar, como já citei antes em outro texto, nem sempre ter as melhores cartas fazem você ganhar o jogo, precisa certo manejo, certo envolvimento, até manipulação...

Eu tinha ouro

Eu de repente me vi ali, pasmada, sendo roubada da realidade, pensando em alguém à toa, o tempo todo. Eu estou absolutamente encantada, perdi o tino para o jogo, fiquei insegura e, para alguém que leva a vida tão estrategicamente planejada, algo que desautomatiza isso tudo, só retoma ao ego e a claro, fazer algo totalmente sem pensar: Truco.

Ele é realmente uma incógnita a minha percepção e interpretação e agiu com tanta placidez que ainda me soou muito rude. Pedi 9.

E num zás com só o jeito dele de dizer tudo em entrelinhas, eu saquei que tinha perdido o jogo, ele era o Zap. Simplesmente esmagou meu Copas, sem dó. Daquele jeito de final de jogo... Fiquei estatelada. Eu não precisava ter posto tudo a perder, porque ainda era o começo de um 'jogo', mas eu sempre atropelando tudo, poderia ter analisado mais cartas, poderia ter ainda deixado ele começar ganhando, mas prefiro tudo rápido, em um estalo.

Ai vi que nem tudo é jogo. Que nem tudo é do jeito que a gente quer. Eu aprendi cedo que toda ação retoma-me em reação. Tudo tem um preço.

Na verdade eu mesma fiz minha cilada, criei algo que não saberia lidar...
Ele não poderia ter sido mais sensato. Menos gente grande. Tão limpo.
E é por isso que assim se está, realmente foi um grande erro.