quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Bacanal, se vira, se é... ou não existe.


Já viram? Às vezes a gente até gosta, mas me diz, como ficou tudo tão banal assim?
Eu mesmo sou adepta. Minha primeira vez foi com alguém que daqui uns anos eu mal lembrarei o nome, hoje nem sei mais a data e, na verdade mesmo, nem sei onde foi, exatamente quanto tempo demorou e se dueu, só lembro que foi bom! Assim, passou e foi, antes que se sonhava com príncipes, hoje que se tem vergonha de sê-lo. Vai entender...
Excêntrico é gente que se leva a sério a pessoa ali que te compartilha. Eu, apesar dessa formação ideológica sobre tal, tão trivial, digo que ainda acredito em pessoas.
Eu nunca entendi o porquê as pessoas exatamente precisam mentir para outras, assim como eu, que não vão te julgar, que de fato não vão se importar, vão ouvir e ali, ficar, podem ter uns risos desses espontâneos, mas que nada significam nos próximos instantes.

De onde foram que os beijos não significam nada, que sexo é uma necessidade, não um complemento, desde quando isso tudo virou um jogo. Primeiro há regras e, depois de fato tudo deve segui-las mesmo.

A gente aprende a ser fdp e depois acha normal, se assusta quando os outros são contigo. Ah, a gente tb, até tenta chorar de decepção, mas no final vê que só se tem ego e, ele não permite fraquezas. No fim mesmo, as pessoas a sua volta, acham que isso nada mais é que evolução, afinal, esse é o objetivo: ter a razão. E, eu só consigo ver como retrocesso, uma involução. Pensar que deve ter faltado alguma parte, cacete! Por que o importante mesmo deveria ser a certeza de que aquele sorriso é sincero, que sexo é entrega, e que praquela pessoa, tu pode se entregar pq nela pode confiar.
Como as pessoas só te olham como alguém que quer te comer/ ser comida: uma máquina? Dê-me uma cerveja, já fico feliz e, se é escândalo e show que quer, isso que darei, mas como quer bom sexo, senão posso me entregar!
Entrega é do corpo, d'alma em alguns instantes - se é que tal existe -, os pensamentos, a razão e a desrazão, insconciência, a vergonha! Tudo. Ali. Depois do fôlego, se retoma com as roupas e a luz lá fora.

Quer saber?
Me vê um sexo ai, sem gordura por favor e moido duas vezes.


O bilhete, as marquinhas no espelho, a toalha mal dobrada, o bombom, o anel feito de aluminio, o canudinho dobrado, o pijaminha amarelinho, as músicas escolhidas "essa você vai gostar", o jeito de amarrar o seu tênis, o guardanapo à boca com cuidado, a pulseirinha, o chaveirinho, o ursinho, o bolo de fubá feito pela vó dele, a mensagem pela manhã, o botão da bolsa que tá meio despregado, a linha escapando na blusinha, o corte pequenino no seu dedo que ficou meio vermelho, a folha seca que acabou ficando no seu cabelo, o brilho labial, a sombra rosa-clara, a fivelinha, a rendinha, o esmalte, todos esses detalhezinhos não se encontram por ai, aliás, se encontram, mas talvez não signifiquem nada, caso nada seja!

Seja! Real é o que pode ser.