sexta-feira, 28 de novembro de 2008

"Teorema de Chutágoras"

Eu nunca fui muito crédula. Deus? Sei lá, eu nunca tive grandes provas para crer nesse ser iluminado uni presente e onipotente. Dessa forma, fui levando a vida e hoje sou o que sou, mesmo sem ele.
Amor? Foi algo inusitado, que de repente aos 23, chegou meio atrapalhado, algo louco, incontrolável, que em pouco tempo me fez mudar tanto, um turbilhão que também passou. Acredito em amor agora, mas em algo secundário, necessário talvez, não como achei uma vez, que fosse prioridade.
Hoje eu acredito que a vida não se resuma só a uma unilateral, mas também acho que não devemos nos expor suficientemente para sofrer por pessoas que não mereçam.
Fases que passam e, a gente só sorri, tentando pensar no recomeço. Sai de repente de um relacionamento atordoado e atrapalhado e, sabem o que restou da minha vida feliz, alegre e morna de antes? Pouca coisa, de verdade, sobrou poucos amigos, sobrou um pouco de vontade de fazer coisas novas e muita saudade de mim mesma em outra época.
Esse tal de destino faz a gente achar tudo errado na vida! Pensar que a gente chuta que o destino quer que façamos algo, a gente vai, faz e quebra a cara.
A gente chuta que se ele voltou, é porque realmente deveríamos tentar de novo, afinal chances são permitidas a todos: somos mortais.
A gente chuta que as fraquezas do outro que tanto te machuca não vão se repetir, afinal há tantas coisas mais importantes para considerarmos, que podemos relevar.
A gente chuta que as pessoas são boas, mas esquece que são fracas.
A gente chuta que você faz tudo certo, então porque daria tudo tão errado – justo com você?
A gente chuta, chuta... E chuta. Erra, só.
Decidi acertar dessa vez, ir atrás das minhas vontades, dos meus sonhos, do meu futuro. Porque uma hora a gente cansa de achar e passa a planejar: calculista e friamente.