sábado, 24 de janeiro de 2009

Não sei quem eu sou.
Não sei o que eu quero.
Não sei o que querem de mim.
De repente, bateu um desespero.

De repente, chegou um vazio e dominou tudo aqui dentro.
De repente, eu não sei mais nada!
Dá voltas, voltas e voltas.

Acho que foi a cerveja, acho que foi o cigarro a mais.
Dói tanto, dói insuportavelmente incessante.
Sozinha. Solitária.


A gente caminha. Tentando achar culpados.

Não tem culpados, só reações a minhas próprias ações.
Levou o meu amor.

Levou o meu sorriso.
Levou o meu sôssego.
Só sobrou isso.
Sozinha. Solitária.
A gente caminha, sem saber exatamente onde quer chegar. Corre, com pressa, sem motivo - sem felicidade.

Então eu choro de novo, tentando e planejando não cometer os mesmos erros, tentando parar de ter motivos para chorar. Ai, só descubro, que me ser é inexorável, não me ser, eu não consigo.

Então, eu choro de novo. Lágrimas secas, garganta arranhada, cárcere de consciência sufocante.
Por que foi isso de novo?
Por que ninguém me pára?
Por que você não me vê?
Afogo-me num mundo de vitrine. Exibo todas as conquistas como troféu. Sendo que nada disso importa.
Queria mesmo um amor, um daqueles para a vida toda, que bastasse sentar-se na varanda para falar do cano furado, o gato atropelado, do vizinho inconformado (com o casamento que acabou),com o jornaleiro mal-educado, da vida, dessa vida, que a gente deixa de lado, por tá ocupado fazendo coisas mais importantes.
O que importa?
Por que você não me vê?
Por que você não me olha, me leva, faz eu perder o que eu tenho ainda de sóbrio, porque não me sacode e me acorda.
Por quê?
Sendo que o que é errado, faltou-me aos meus conceitos.Limites.